22 de ago. de 2008

.dinâmica.

.na calada da noite que me acho.

no escuro que eu calado me leio.

linha a linha, no passe dos passos do escuro.

e toda a negridão me devora roendo páginas e linhas.





linhas que costuram meu corpo grudado pulsante na alma.

alma que pulsante jamais sente-se presa ao corpo a que pertence.

e os pertences de mim mesmo tão pobres e tão ineficientes

que me sinto um cego desesperado, roído em traças,

lendo em braile, sem jamais ter visto uma luz,

na calada da noite e no calar de leituras que gritam.