28 de jun. de 2008

.carente profissional.

É ele, o grande poeta marginal, o Cazuza, que fala de coisas nada marginais.
É ele, que fala por mim hoje.

E é ela, Ana Cañas, no auge de seu vigor e talento (que mulher é essa, meu deus?), que traduz na voz essa puta poesia:


http://www.youtube.com/watch?v=HW2t28cE5-8


Tudo azul
No céu desbotado
E a alma lavada
Sem ter onde secar
Eu corro
Eu berro
Nem dopante me dopa
A vida me endoida

Eu mereço um lugar ao sol
Mereço
Ganhar pra ser
Carente profissional

Se eu vou pra casa
Vai faltando um pedaço
Se eu fico, eu venço
Eu ganho pelo cansaço
Dois olhos verdes
Da cor da fumaça
E o veneno da raça

Eu mereço um lugar ao sol
Mereço
Ganhar pra ser
Carente profissional

Levando em frente
Um coração dependente
Viciado em amar errado