9 de jun. de 2008

.quarto vazio.

Nunca implorei solidão sentimental.

A bem da verdade, sempre quis dizer que amava, com a paciência de um sábio, as coisas mais insanamente belas desta vida.

Porém, nunca um arrependimento forçou tanto uma dor que já me era natural.

Meus dentes que o digam; meus dentes estão todos podres, de uma culpa quieta. Mas pesada. De tantos sorrisos amarelos gastos no tempo que eu implorava pra voar.

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Concluindo-se: que sempre quis dizer daí que te amava. Tu, alma de dentes claros qual a chuva.

Mas também eu não poderia chegar assim e amar-te como se ama... sei lá, um guarda-chuva? Também depende do contexto de amor. E da chuva que faz de surpresa a gente amar mais que nunca um guarda-chuva, assim como dois mais dois são quatro e o amor se resume no dois mais três cinco.

Eu só queria amar-te assim como eu amo.

Eu só queria sorrir com dentes brancos.

Só assim eu sentiria a chuva, tonto tonto de amor.

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(mas a gripe quem sabe eu sentisse).