25 de mai. de 2008

.domingo.

Esta foi no Rio de Janeiro... também em um domingo. Eu tão longe de casa. Minha casa gritando de saudade, dentro do coraçãozinho apertado.


Pois bem: após uma manhã de chuva e quatorze graus, o final de tarde se abre num sol lindo (coisas do tempo louco do Rio) e eu fui direto pro calçadão da praia... pensar na vida, pedalar, essas coisas de sempre.

Ao longe, escuto um batuque que me é muito familiar... mas achei que ele estava dentro do meu mundinho de pensamentos... não era possível, ali, em pleno sudeste, estar ouvindo um... um... MARACATU?


Apressei os passos, precisava ver aquilo já que os ouvidos não estavam crendo no que ouviam. E não é que era mesmo um maracatu, de um pernambucano radicado na cidade há anos?


Não sei se foi coincidência, porque neste dia a saudade de casa estava grande... e por isso nem senti quando, parado, com o pôr-do-sol ao fundo no Morro de Dois Irmãos, a primeira lágrima rolou.


Celular em punho, interurbano. Destino: Recife.


- Alô? Minha Linda! Está ouvindo?

- Diegoo! É samba? Não dá pra ouvir direito...

- Vou chegar mais perto pra você ouvir... (aproximo-me). E agora? Está melhor?

- Ahhh, maracatu? como assim? Está em Recife?

- Recife está na minha alma, assim como você está no meu coração e não poderia deixar de ligar neste momento. Porque você precisava ouvir isto comigo, mesmo a 2000 km de distância.



E choramos juntos.